Vai ver que um elogio lhe basta!
Vai ver que a batalha lhe apraz
Vai ver que o ódio alimenta
essas feridas pútridas que finge não ver
Logo se vê como crê na banalidade
no automóvel bem cotado
no fim de semana, no hedonismo,
no fim do dia sem conversa
na poltrona do adolescente aposentado
com aquele que não é o seu salário
Vai ver que se contenta com riqueza de moeda
que pensa que lhe comprará a saúde
a amizade, o amor... que nunca tivera...
Vai ver que só pensa mesmo em ganhar
e mais uma vez se contenta
e ostenta o ódio que aumenta
o saldo de ilusão de vitória
o saldo de ilusão de companhia
que jamais por si sustentaria
sem escravizar almas aqui e ali
Vai ver que não vai ver...
nem agora, nem nunca!
Vai ver que o arrivista não premedita
senão sob a crença banal de que domina
o que jamais teria...
e na ilusão mesma de domínio
perde-se no que enredou
asfixiado no ódio com que perseguiu.
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