I
Corre menina! Corre!
Que não te socorre a brisa
Corre! Não socorre a vida
Que espera estanque, estática
Não socorre o mote
Que te espera o bote de serpente ferina
Corre! Corre menina!
Alcança adiante, defronte, na frente
Menina! Não te socorre um verso
Nem que estivesse vestida
E corresse…
Que nem correr socorre
Que nem distância percorre
E continua imóvel
Nem o infinitesimal de espaço de um toque
Nem o cabelo molhado nas costas
De um dia quente
Nem a caneca que aquece a mão
Num dia frio
Nenhum semblante contente que viu
Nem que tente!
Então não corra, menina!
Durma.
II
Durma sem pressa
Sem reza
Sem fresta de luz que desperte
Continue imóvel, inerte,
No sono que descansa
No descalço que conforta
No sonho que alcança
Sem censura, nem usura,
Dorme pura
Vê a cura
A porta
A sorte, no sono
E na morte
O descanso da alma.
III
Quando despertar, menina,
Não pense!
Não pense, menina, no que não sentir
Então sinta
Que pensar será inevitável
Sinta a alegria indispensável
Recomeçe o dia passado, hoje
Apenas agora
Não minta
Sem demora
Sinta.
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3 comentários:
Tati, se eu te sinto perto da Juju, tenho certeza que ela também sente isso! Ela tem sorte da mãe que tem.
Grande beijo!
Ah! Quero ler seus contos hein?
Valeu, Márcia! Hoje é mais um dia longe da minha pequenininha...
Grande bjoca de gratidão
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